Livros

Capa do terceiro livro/Ilustrações de Altemar Domingos/Palhação Azul Editora

CHAPEUZINHO VERMELHO VOLTA À FLORESTA

Nesta releitura do mais tradicional conto de fadas da literatura mundial, a menina do capuz vermelho resolve se vingar dos lobos numa volta imaginária à floresta em que viveu no passado, mas acaba experimentando perdas familiares e pessoais. Ela aprende que esse caminho não traz coisas boas para a vida.

A narrativa criada por Djair Galvão em seu terceiro livro infantil é guiada por elementos psicológicos da personagem Chapeuzinho Vermelho, com a temática ambiental como cenário de fundo. Ao mesmo tempo, atiça a curiosidade infantil sobre o que teria levado Chapeuzinho – na vida adulta – a revisitar seu passado, o drama com o lobo, a vovó e o caçador, a partir de trechos da recontagem feita pelos Irmãos Grimm no início do século 19.

A intenção é montar um quadro com a figura mítica da garota da floresta, os dias atuais e estimular os bons sentimentos para a construção da cidadania.

QUANDO OS BICHOS PERDERAM O SONO

O que aconteceria com o mundo se os animais perdessem o sono? É dessa forma que a história contada em Quando os bichos perderam o sono mostra o impacto das mudanças provocadas pelo modo como exploramos o nosso planeta. Alterações que desequilibram a vida animal e vegetal, pioram as condições ambientais, geram eventos climáticos extremos, espalham doenças e tornam a sobrevivência humana um desafio para gerações atuais e futuras.

O livro mostra como as crianças são capazes de modificar a realidade presente e influenciar os rumos da humanidade através do seu jeito diferente de pensar e de agir. Precisamos discutir e aprender com elas caminhos que modifiquem nossa relação com o meio ambiente e nosso estilo de vida.

O novo livro saiu em dezembro de 2020 pelo selo editorial Palhação Azul, que também tem em seu catálogo de estreia o livro O Saci de Duas Pernas.

      Nesse período de pandemia, o autor incrementou sua produção literária na categoria infantil e infanto-juvenil, nichos aos quais a nova editora se dedicará. Um terceiro livro já tem texto pronto e deve ser editado em 2021.

ILUSTRAÇÕES – As ilustrações de Quando os bichos perderam o sono foram feitas pelo ilustrador e professor Altemar Domingos. São cenas que estimulam a criança a conhecer o universo mostrado na história, com destaque para momentos de sofrimento dos animais com a perda repentina do sono e demais problemas enfrentadas pelos humanos com essa mudança.

O SACI DE DUAS PERNAS

PRIMEIRO LIVRO – Dos dois livros que publiquei até agora, este é o que mais ganhou edições, viajou pelo país e hoje integra o rol de referências em círculos acadêmicos de diversas instituições quando o tema em discussão é a diversidade. Acabou sendo o queridinho dos professores na introdução do assunto para os pequenos, sendo material de suporte para formação de docentes e estudantes da área de Pedagogia, por exemplo. Também teve adaptações para o teatro.

O CONTEÚDO – A história de O Saci de Duas Pernas nasceu no ano 2000, quando o autor pensou como as crianças – e os adultos – reagiriam a uma “mudança física” ousada numa figura que todo brasileiro conhece desde cedo, que é o Saci, cuja característica principal é andar numa perna só.

    Personagem místico do folclore brasileiro, o Saci pode ser considerado uma espécie de duende tupiniquim, tendo raízes na cultura indígena. Na tradição de alguns povos originários do Brasil, ele é representado por um curumim de “duas pernas”, bem diferente do menino negro travesso e mágico, de cachimbo e gorro vermelho, popularizado nas histórias fantásticas de Monteiro Lobato.

    No exercício lúdico que feito nesta obra, o acaso fez com que uma família de sacis tivesse um filho “com necessidades especiais”. Neste caso, o nascimento de um Saci com duas pernas serve de mote à iniciação infantil a temas como diversidade, respeito, dificuldades de aceitação de sermos do jeito que somos ou de como os outros são, e embute apelos a uma cultura que privilegie a busca de qualidades e não de defeitos entre as crianças.

    Nesta fábula, os problemas vividos pelo pequeno Saci Cássio na sociedade de sacis “normais” parecem diminuir quando comparados à condição de outras criaturas dos mitos e lendas folclóricas do Brasil e do mundo, como o Curupira, a Cuca, a Mula-Sem-Cabeça e o Lobisomem – que entram na história para mostrar que todos nós carregamos características da nossa ancestralidade.