Série mostra desmatamento na Amazônia

Queimada é vista em meio a área de floresta próximo a capital Porto Velho. Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real

Não é uma série de algum canal que fala da natureza ou um documentário patrocinado pela plataforma Netflix, mas uma série de reportagens in loco – e fruto de amplas pesquisas – produzidas pelo portal Amazônia Real, cujo foco é a cobertura da região como nunca antes foi feito.

Tomei a iniciativa de reproduzir um trecho da série pela sua importância e amplitude, reforçando tratar-se de material que passa, em geral, ao largo da mídia do Centro-Sul do país.

A reportagem é assinada por Philip Martin Fearnside, colaborador do portal. Ele é doutor pelo Departamento de Ecologia e Biologia Evolucionária da Universidade de Michigan (EUA) e pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus (AM), onde vive desde 1978. É membro da Academia Brasileira de Ciências. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), em 2007. Tem mais de 600 publicações científicas e mais de 500 textos de divulgação de sua autoria (de Amazônia Real).

Optei pela reprodução desta parte: O Desmatamento da Amazônia Brasileira: 1 – Resumo da série, assinada pelo especialista, com um trecho a seguir:

O desmatamento na Amazônia brasileira destrói serviços ambientais importantes para todo o mundo e, principalmente, para o próprio Brasil. Esses serviços incluem a manutenção da biodiversidade, evitando o aquecimento global e reciclando a água que fornece chuvas para a Amazônia, para outras partes do Brasil, como São Paulo, e para países vizinhos, como a Argentina.

A floresta também mantém as populações humanas e as culturas que dela dependem. As taxas de desmatamento aumentaram e diminuíram ao longo dos anos com os principais ciclos econômicos. Um pico de 27.772 km2 / ano foi atingido em 2004, seguido por uma queda importante para 4.571 km2 / ano em 2012, após o qual a taxa apresentou tendência de alta, atingindo 10.129 km2 / ano em 2019 (equivalente a um hectare a cada 31 segundos). A maior parte (70%) da queda após 2004 ocorreu até 2007, e a desaceleração nesse período é quase inteiramente explicada pela queda nos preços de commodities de exportação, como soja e carne bovina.

As medidas de repressão do governo explicam a continuação do declínio de 2008 a 2012, mas uma parte importante do efeito do programa de repressão depende de uma base frágil: uma decisão de 2008 que torna a ausência de multas pendentes um pré-requisito para crédito para agricultura e pecuária. Isso poderia ser revertido com uma canetada, e essa é uma prioridade para o poderoso bloco de votação “ruralista” no Congresso Nacional.“.

CLIQUE PARA LER O TEXTO INTEGRAL E ACESSAR A SÉRIE COMPLETA.

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