O documentário O Elo Perdido (2019) aborda um tema que ganha cada vez mais espaço em diversos lugares do mundo e se espalha pelo Brasil a partir de iniciativas de famílias preocupadas com a qualidade de vida e o consumo de produtos sem agrotóxicos: as agroflorestas.
Os produtores do filme mostram dados da ocupação do espaço urbano no país, as mudanças por que passamos até chegarmos no predomínio do chamado “agronegócio” em longas extensões de terras – e a intervenção deste em importantes biomas nacionais.
São apresentados os princípios básicos dessa modalidade de agricultura que combina processos de produção ecologicamente corretos, conservação ambiental, contato direto com a natureza, o manejo e o conhecimento de espécies – o que incluiu maneiras de cultivar e deixar que os agentes naturais ajudem na sua adequação.
A intenção deles, além da defesa da agricultura limpa e longe dos processos voltados para a exportação, é mostrar como as monoculturas são agressivas ao meio ambiente e geram pouco alimento para o consumo das famílias. O uso de ciclos e estratégias naturais são demonstrados por grupos já acostumados à produção na modalidade das agroflorestas.
Não custa lembrar o crescimento dos fenômenos climáticos extremos registrados, especialmente no Brasil, com a ocupação agressiva do solo pelas monoculturas voltadas à exportação. E que a conservação das florestas é item básico para deter essa mudança que ameaça a nossa existência, conforme mostram os relatórios do IPCC/ONU e cientistas no mundo inteiro.
Vale a pena conhecer iniciativas como as mostradas no documentário e investir nesse conhecimento.