O músico canadense Neil Young completa 76 anos de vida em novembro próximo e celebra uma carreira musical das mais longevas, com trânsito entre diversos estilos musicais – do rock pesado ao rock rural dos EUA, criações no jazz e, claro, a construção de um perfil lendário no universo folk. Mesmo com uma vida dedicada inteiramente à musica, principalmente em terras norte-americanas, Young foi dado como morto musicalmente por alguns críticos rabugentos.
A despeito de algum espertalhão achar que em tal período ele sumiria, Young nunca deixou de mandar seus recados musicais com a categoria de quem está na estrada desde os longínquos anos 1960. Seus álbuns marcantes Harvest (1972) e Harvest Moon (1992) são exemplos de como sua criatividade tem ares de inesgotável.
Toda vez que apontaram seu sumiço, uma novidade pintou – ou foi retomada lá na frente por alguém. O caso emblemático é o seu clássico musical Harvest Moon, que se encaixou perfeitamente à trilha sonora do filme Comer, Amar, Rezar (2010), com Julia Roberts. E a bela releitura contemporânea de Angus e Julia Stone (2017).
Entre o filme a interpretação que ilustra esta postagem, a música de Young ganha um sentido de permanência, dos versos, do compasso e do estilo dançante. E difícil não entrar no túnel do tempo do que a melodia compõe. É ouvir e amar. Tantas vezes se faça isso, tantas vezes alguém grave ou regrave.